Hoje as casas possuem muros, altos, cercas com pontas perfurantes, e em cima dessas barreiras medievais outras mais modernas, as cercas elétricas, que zunem numa freqüência inaudível para o ouvido humanos, com seus trinta mil ou mais volts, como se fossem ferozes cães de guarda. Dentro dos terrenos descansam alertas, não os metafóricos, mas os reais filas, dobermans, rotwailers e outros gigantes que exibem assustadores caninos que avisam: você não é bem-vindo aqui!
Sinal dos tempos! Outros tempos. Tempos em que o homem cada vez mais se torna o lobo do homem, seu único e temível predador. Ouvi alguém falando que autoridades - municipais, estaduais, federais? não sei - visitam Nova Iorque para estudarem o tolerância zero. Só posso dizer uma coisa: já foram tarde... infelizmente tarde demais para tantas vidas que já foram ceifadas.
PS.: O placar do júri de Suzane Richtofen dá uma pista desses novos tempos. Da acusação de matar o pai; culpada por 4x3 - quer dizer, quase inocente -, da acusação de matar a mãe, culpada 6x1. Não tem jeito mesmo, os serês humanos são cada vez mais descartáveis e reciclaveis - pelo jeito, os pais, depois de criarem os filhos, terão que ficar em permanente estado de alerta!
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