Essa crônica triste desse meu amigo fala da sua tristeza ante o desemprego, ante a impossibilidade de fazer aquilo que ama. Ante a impossibilidade de manter aqueles que ama. Perdeu se emprego, mas não perdeu a sua qualidade, nem seu dom, nem seus dotes. Quem já passou por isso sabe o que significa essa verdadeira castração da capacidade, da personalidade, da cidadania, da civilidade, sabe o que é buscar um resgate sem nada mais poder fazer do que esperar.
Esse é um mundo injusto. Um mundo onde nobres de espírito vagueiam perdidos entre metalúrgicos travestidos de governantes, que cometem os maiores desmandos, enquanto desempenham com habilidade os seus cargos, baseando-se nos conhecimentos adquiridos nos manuais de operação dos tornos e fresas das escolas técnicas.
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