Além disso, acho que peca (termo adequado pelo tema tratado!) ao ficcionar com a bibliografia de alguém real. Independentemente de ser Cristo, poderia ser Buda, Napoleão, meu avô, a pessoa não interessa, não acho justo que se ficcione com a história da vida de alguém. Li uma piada que diz bem do que eu penso: "Numa universidade um aluno afirma, - Mesmo que seja uma ficção, acho interessante essa possibilidade levantada pelo Código Da Vinci. Ao que um colega retruca: - Mesmo que seja uma ficção, acho interessante imaginar que a tua mãe seja uma vadia".
Esse é o problema de ficcionar com personagens reais, ofende a história, atinge a vida de alguém real, não se trata de um personagem criado. Não acho uma possibilidade artística válida, nem um exercício de liberdade porque fere os direitos de outrem - e a minha liberdade termina quando começa a do outro! Dentro da mesma linha, só para reforçar onde está o erro, eu não gostaria que alguém lançasse uma ficção onde retratasse o meu avô como um ladrão, ou a minha avó como uma vadia. E quando eu fosse reclamar pela honra ofendida dos familiares, esse alguém diria: - Não te incomode que isso é só uma ficção! Percebem?
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